Depois da travessia do Paso de Jama, chegamos...ao meio do nada.

San Pedro de Atacama, localizada na região de Antofagasta, no norte do Chile é um povoado a 2.400m de altitude e com cerca de 2.000 habitantes.

San Pedro é o coração do Deserto do Atacama. É de lá que partem os passeios para as muitas atrações que o deserto mais seco e mais divertido do mundo oferecem. Como só tínhamos 3 dias por lá, optamos por conhecer o Valle de la Luna, e os campos geotérmicos Geisers del Tátio.

O vilarejo mantém suas fachadas peculiares, tombadas como Patrimonio Cultural Chileno, que resguardam interiores com hotéis caríssimos e restaurantes com uma gastronomia muito saborosa. Não dá pra ter noção da riqueza dos interiores julgando pelas fachadas. O povoado é todo voltado e muito bem preparado para o turismo. Os hotéis oferecem passeios, a noite os barzinhos e pubs ficam repletos de turistas, e há muitas feirinhas espalhadas pela cidade.

Igreja de San Pedro foi construída pelos Jesuítas Espanhois, em 1774 Que tal a Lan House??

Para conhecer os Geisers Del Tatio foi preciso acordar as 4 horas da madrugada, pois sua plena atividade se dá ao amanhecer. O caminho é complicado, e só é acessível em veículos 4x4.

Os geisers ficam a 4.200m de altitude, no meio do deserto, e jorram água a cerca de 80 graus centígrados. É o maior conjunto de geisers do Hemisfério Sul, e o 3° maior do mundo.

O lugar é mágico. O dia vai amanhecendo com um frio de rachar (14 graus negativos), o cheiro de enxofre exala das crateras e de repente a água começa a saltar da terra.

O fenômeno se dá pelo contato da água fria dos lençóis freáticos com a rocha quente subterrânea (o lugar é uma enorme cratera de vulcão, com mais de 1km de raio), fazendo jorrar jatos que chegam a 10m de altura em alguns pontos. Tudo isso deixa o ambiente incrivelmente diferente de tudo que já havíamos visto.

O fenômeno tem hora para começar e para acabar, e por isso é necessário madrugar. O início é sempre ao amanhecer e a água começa a parar de jorrar por volta do meio da manhã. As agências que fazem o passeio oferecem café da manhã no local (o que ajuda a espantar um pouco o frio). Só aconselho não tirar a luva porque a minha mão congelou ao fazer isso, e ficou um bom tempo adormecida. Achei que a tivesse perdido...hahaha

Para os corajosos, existem piscinas termais no local, mas para entrar na água quentinha é preciso antes tirar aquele monte de roupa, então dispensamos essa parte.

Na volta do passeio acontecem algumas paradas pelo caminho. A primeira é na Laguna Putana (é isso mesmo..heheh), que tem uma fauna peculiar com seus pássaros de bicos azuis, flamingos, etc. Nas redondezas, lhamas completam a beleza da paisagem.

Depois a parada é no pequeno povoado de pastores de lhamas chamado Machuca, onde vivem algumas poucas famílias. Lá pode-se provar a carne de lhama e conhecer a simplicidade do lugarejo.

Outro passeio que fizemos em San Pedro foi pelo Valle de la Luna. O nome é compreensível: o lugar parece mais com uma paisagem lunar do que com o Planeta Terra.

O espetáculo ocorre ao pôr do sol, onde a cor avermelhada da paisagem vai mudando conforme o sol vai baixando. Uma peregrinação de turistas ocorre para subir a Duna Mayor, no meio do Valle, no final da tarde. Demais!!!

Las Tres Marias, no Valle de la Luna Anfiteatro ao Pôr do Sol Licancabur...dessa vez visto da Duna Mayor

À noite, não falta programação na cidadezinha. Saímos pra jantar e beber uns Pisco Sour, e no barzinho encontramos alguns brasileiros que também assistiam ao jogo Brasil 4 x 2 Chile, pelas Eliminatórias. Detalhe pros garçons...grandes figuras que ficaram tirando sarro da gente quando o Chile empatou o jogo em 2 x 2. No fim...tiveram que aturar a nossa corneta.

Garçons corneteiros

No dia seguinte...chega a hora de partir. No caminho, aproveitamos para dar uma esticada até a Bolívia. Estranhou? É barbada... A fronteira com a Bolívia fica a 2km da Ruta 27 (rodovia do Paso de Jama). Como estávamos com tempo para a volta, desviamos um pouco para conhecer a Laguna Verde, que fica do outro lado do Licancabur e vale a passagem. O único inconveniente é que os guardas da fronteira boliviana cobram proprina abertamente para deixar qualquer turista cruzar por essa bela estrutura de fronteira abaixo. Inclusive fazem câmbio paralelo por lá... de Dólar para Bolivianos, para pagar a entrada do parque à frente. O lugar é lindo...a estrutura, varzeana.

Padrão Internacional 5 estrelas da Migración Boliviana Laguna Verde e o Licancabur por mais um ângulo

Saindo da Bolívia, segue a estrada pelo Chile, fronteira com a Argentina...e pernoite em Salta, para no dia seguinte seguir viagem até o Paraguai, tema do nosso próximo post... :)

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